São Nicolau X Papai Noel: A realidade supera a lenda
O site Gaudium Press publicou um artigo do padre Ricardo Basso, que fora publicado pela Revista Arautos do Evangelho em dezembro de 2003, que apresenta o questionamento acerca do questionamento que toda criança um dia faz: Existe mesmo Papai Noel?
Segundo o sacerdote, os pais podem responder facilmente a seus filhos, contando-lhes a bela vida de São Nicolau. “Aproxima-se o Natal! Nos centros comerciais vê-se frequentemente um personagem com trajes de cores vivas, despertando a curiosidade geral e, nas crianças, a alegre expectativa dos presentes e das guloseimas. É o Papai Noel”, fala o presbítero no artigo.
O padre, no artigo, explica como surgiu essa tradição: Na realidade, existiu uma pessoa muito mais importante do que o lendário Papai Noel. Foi São Nicolau, bispo de Mira, na Turquia, falecido em 324. Este grande santo é apresentado indo de casa em casa, levando presentes para as crianças piedosas e bem-comportadas. Narrando aos filhos sua bela vida, os pais despertam nas almas infantis o senso do maravilhoso e estimulam a prática da virtude. Com a vantagem de que, neste caso, a realidade supera a lenda”.
Padre Ricardo diz ainda que “Nicolau era bastante jovem quando perdeu seus pais, herdando deles uma imensa fortuna que lhe possibilitou praticar a caridade em grande escala. Um dia, soube de três moças que, por serem pobres, não encontravam pretendentes para casamento, e o pai pretendia encaminhá-las para uma má vida. Nicolau foi, então, de noite, e atirou para dentro do quarto do homem uma bolsa com moedas de ouro. Poucos dias depois, casava-se a filha mais velha. Repetiu Nicolau o gesto e, logo após, casava-se a segunda filha. No momento em que ele se preparava para atirar pela terceira vez o dinheiro, foi descoberto. Saindo das sombras onde estava escondido, o pai lançou-se aos pés de seu benfeitor, chorando de arrependimento e gratidão. Desde então, não se cansou de apregoar por toda parte os favores recebidos”.
No dia em que foi sagrado Bispo de Mira, mal acabara a cerimônia, uma mulher atirou-se a seus pés, com um menino nos braços, suplicando: "Dai vida a meu filhinho! Ele caiu no fogo e teve morte horrível. Tende pena de mim. Dai-lhe a vida!". Emocionado e compadecido das dores daquela mãe, fez o sinal-da-cruz sobre o menino que ressuscitou na presença de todos os fiéis presentes à cerimônia de sagração.
Em alguns países da Europa, como por exemplo na Bélgica e Holanda, é costume as pessoas trocarem presentes no dia em que se celebra a memória do santo: 06 de dezembro.
Imagem: Brasil 247